O Abismo Fiscal de Obama: Você gostaria de um Paraquedas ?


The fiscal cliff of Obama: Do you want a parachute?

Com a reeleição de Obama, voltam à tona o perigo do abismo fiscal norte americano.


   Em todos os veículos de comunicação, sejam eles digitais ou impressos, a noticia é a reeleição do presidente americano Barack Obama.
   
   Embora o Sr. Obama tenha uma grande aprovação mundial de suas politicas e suas atitudes governamentais , nesse novo mandado o primeiro presidente negro dos EUA terá um grande desafio no setor econômico, o qual esta sendo denominado “FISCAL CLIFF”, em português “ABISMO FISCAL”. Primeiramente o que seria esse penhasco/abismo fiscal ?

O que é?O problema se refere ao fim de incentivos fiscais implementados há quase dez anos pela administração de George Bush e ao início de cortes automáticos no orçamento em programas sociais e militares a partir de janeiro de 2013. O valor a ser retirado da economia chega a 607 bilhões de dólares. O temor dos economistas é de que o crescimento do PIB desacelere ou que afunde para uma nova recessão.Um ex-conselheiro de Obama e banqueiro, Steven Rattner, disse à CNBC que não poderia descartar uma queda no precipício. Segundo eles, a chance de Obama costurar um acordo com o Congresso antes do final do ano é zero.

Fonte: Exame, por Gustavo Kahil.

   OU SEJA, caso Obama não consiga um acordo com o congresso americano, que continua dividido, com a Câmara dominada por republicanos e o Senado, por democratas, os EUA terá uma grande probabilidade de entrar em uma recessão em 2013. Uma vez que com a maior receita proveniente dos impostos e com o corte nos gastos públicos, o governo americano estará retirando mais de US$ 600.000.000.000,00 da economia.

   Esse medo do abismo fiscal tomou conta dos mercados logo após a reeleição de Barack Obama, o que desencadeou uma queda brusca em todas as bolsas de valores do mundo.

   Além do “fiscal Cliff”, os próximos 4 anos de mandado de Obama será cheios de desafios, tais como:

Empregos: cerca de 3,5 milhões de norte americanos estão sem trabalho há mais de um ano. Ou seja, um em cada cinco homens entre 25 e 54 anos estão sem empregos. O que exige uma politica econômica (fiscal, monetária) visando a geração de emprego, antes que isso se torne permanente.
"Procurando por Trabalho"

Mudança climática: com a tempestade Sandy ( o que no meu ponto de vista ajudou e muito a reeleição de Obama), surge um aspecto que nem Obama e muito menos Romney adotaram em suas campanhas, que é as politicas climáticas a longo prazo, o governo americano adota apenas medidas paliativas e de curto prazo quando se deparam um uma catástrofe natural, como o furacão katrina e a tempestade Sandy. Fica então mais um desafio para os próximos 4 anos de Obama na direção dos EUA.

   E como já era de se esperar, a reeleição de Obama não irá mudar muitas coisas a respeito as politicas econômicas para retirar os EUA da crise econômica de 2008, como Barack Obama manteve Ben Bernanke como presidente do Fed ( banco central americano), os afrouxamentos monetários conhecidos como Quantitative easing (QE), a compra de US$ 40 bilhões em títulos de dividas lastreados em hipotecas e a politica de juros quase zero continuará por mais esse mandado, ou até que a economia americana se fortaleça significativamente.
Ben Bernanke: Atual e futuro presidente do Fed


   Embora a grande maioria esteja satisfeita com a reeleição do presidente Barack Obama, ele terá que provar que com suas medidas e atitudes politicas conseguirá retirar os Estados Unidos da crise, coisa que não fez de 2008 até os dias atuais. Além de resolver os problemas visando o longo prazo. O que é extremamente difícil para um sistema politico que tem uma imensa dificuldade de enxergar além da próxima eleição.

   Ficamos então a esperar e a avaliar o novo/velho governo Obama, e como ele reduz o déficit sem estrangular a recuperação, gera empregos de classe média e como reage às mudanças climáticas entre outros desafios provenientes de comandar uma das maiores potencias econômicas e politicas da atualidade.





Fonte: WSJ Americas, Valor Econômico, Exame, FT.

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