Entre política fiscal e carga tributária.


Carga Tributaria x Politica Fiscal.

O grande entrave dos empresários e consumidores brasileiros.


Inicialmente o que seria a politica fiscal?

Política Fiscal  é o nome dado às ações do governo destinadas a ajustar seus níveis de gastos, assim monitorando e influenciando a economia de um país. Nos diversos manuais de Economia, a política fiscal está intimamente ligada à política monetária, podendo-se afirmar, em termos bastante simplistas, que as duas políticas econômicas são como irmãs, pois ambas buscam influenciar um aspecto da economia: a política monetária irá modificar o comportamento da moeda, e a política fiscal irá operar frente aos gastos estatais. Todo o governo invariavelmente irá utilizar as duas políticas sob várias combinações e graduações, num esforço para orientar as metas econômicas de um país.
Basicamente, a forma de articular uma política fiscal dá-se através da efetiva arrecadação de impostos, aplicando seus recursos da forma mais racional e eficaz possível. Isso equivale a uma interferência também no setor tributário, modificando as despesas do setor privado. Uma maior arrecadação de impostos irá influenciar diretamente a disponibilidade de moeda no mercado, provocando uma redução de recursos que particulares poderão destinar ao consumo e à poupança. Assim, quanto maior a carga de impostos ditada pela política fiscal do governo, haverá menor renda disponível para a população em geral, inibindo o consumo. Esta é uma das armas disponíveis aos governos para controlarem a taxa de inflação, pois tem como objetivo atingir a demanda.
    (Fonte: Infoescola, por Emerson Santhiago)
 
   Alguns posts atrás eu abordei a importância da politica cambial e como essa é utilizada atualmente no Brasil. Entretanto a ciência econômica é muito abrangente o que resulta em uma série de ferramentas que podem ser utilizadas para diversas finalidades, tais como o crescimento/desenvolvimento econômico, controle de inflação, distribuição de renda, avanço e controle do consumo entre outras.
   Essas ferramentas são caracterizadas politicas econômicas ou politicas macroprudenciais e esse post irá abordar então o papel, os prós e contras da politica fiscal brasileira.

   Como vimos acima, a politica fiscal é basicamente a forma em que o governo arrecada e aplica os recursos para atingir os objetivos do momento. A principal forma de arrecadação é por meio da carga tributaria, popularmente conhecida como IMPOSTOS.
   
   A carga tributaria brasileira é uma das maiores do mundo, estando entre os 30 paises em que mais arrecada por meio de impostos. Mas vocês devem estar pensando “EXISTEM 29 PAISES QUE A CARGA TRIBUTARIA É MAIOR DO QUE A DO BRASIL’’, e é exatamente ai que está o problema!  Os 29 paises acima do Brasil aplicam esse dinheiro de forma correta e para a população, como por exemplo, em obras publicas (hospitais, escolas, estradas, infraestrutura) e para a indústria em forma principalmente de incentivos, por meio de redução de impostos, desoneração na folha de pagamentos entre outros.

   Já no Brasil não há de forma tão clara ‘’esse retorno para a população e para empresários’’, que fique claro que o que estou dizendo não é que não exista, a aplicação desses recursos no Brasil existe SIM, contudo é extremamente pequena em comparação a quantidade arrecadada.

   E isso reflete diretamente na economia, uma vez que se não há a aplicação desse dinheiro, não há demanda por meteria prima, não há demanda de emprego, etc o que gera um baixo crescimento econômico. Além da fuga industrial, onde as industrial migram para outros países com uma carga tributaria mais baixa para poder ter uma competividade com outras industrias no âmbito internacional.

   OU SEJA, com uma grande carga tributaria e um baixo retorno, as industrias brasileiras perdem na competição com as industrias estrangeiras, devido ao elevado custo de produção e venda, passando então a ser mais barato comprar um produto importado do que um nacional, e  nós consumidores sofremos cada vez que vamos ao mercado, a uma concessionaria de automóveis, até mesmo tomar um mero ‘’cafézinho’’ na padaria da esquina, porque tudo possui impostos elevadíssimos.

   O que nos faz levantar uma questão: o que vale mais, uma reforma tributaria ou uma reforma na forma de aplicar esses recursos? 




Confira o ranking:

1º) Austrália
- Carga tributária sobre o PIB: 25,9%
- IDH: 0,929
- Irbes:    164,18

2º) Estados Unidos
- Carga tributária sobre o PIB: 24,80%
- IDH:     0,910
- Irbes: 163,83

3º) Coréia do Sul
- Carga tributária sobre o PIB: 25,1%
- IDH:     0,897
- Irbes: 162,38

4º) Japão
- Carga tributária sobre o PIB: 26,9%
- IDH:     0,901
- Irbes: 160,65

5º) Irlanda
- Carga tributária sobre o PIB: 28%
- IDH:     0,908
- Irbes:    159,98

6º) Suíça
- Carga tributária sobre o PIB: 29,8%
- IDH:     0,903
- - Irbes: 157,49

7º) Canadá
- Carga tributária sobre o PIB: 31%
- IDH:     0,908
- Irbes: 156,53

8º) Nova Zelândia
- Carga tributária sobre o PIB: 31,3%
- IDH:     0,908
- Irbes: 156,19

9º) Grécia
- Carga tributária sobre o PIB: 30%
- IDH:     0,861
- Irbes: 153,69

10º) Eslováquia
- Carga tributária sobre o PIB: 28,4%
- IDH:     0,834
- Irbes: 153,23

11º) Israel
- Carga tributária sobre o PIB: 32,4%
- IDH:     0,888
- Irbes: 153,22

12º) Espanha
- Carga tributária sobre o PIB: 31,70%
- IDH: 0,878
- Irbes: 153,18

13º) Uruguai
- Carga tributária sobre o PIB: 27,18%
- IDH:     0,783
- Irbes: 150,30

14º) Alemanha
- Carga tributária sobre o PIB: 36,7%
- IDH:     0,905
- Irbes: 149,72

15º) Islândia
- Carga tributária sobre o PIB: 36,3%
- IDH:     0,898
- Irbes: 149,59

16º) Argentina
- Carga tributária sobre o PIB: 29%
- IDH:     0,797
- Irbes: 149,40

17º) República Tcheca
- Carga tributária sobre o PIB: 34,9%
- IDH:     0,865
- Irbes: 148,39

18º) Reino Unido
- Carga tributária sobre o PIB: 36%
- IDH:     0,863
- Irbes: 146,96

19º) Eslovênia
- Carga tributária sobre o PIB: 37,7%
- IDH:     0,884
- Irbes: 146,79

20º) Luxemburgo
- Carga tributária sobre o PIB: 36,7%
- IDH:     0,867
- Irbes: 146,49

21º) Noruega
- Carga tributária sobre o PIB: 42,8%
- IDH:     0,943
- Irbes: 145,94

22º) Áustria
- Carga tributária sobre o PIB: 42%
- IDH:     0,885
- Irbes: 141,93

23º) Finlândia
- Carga tributária sobre o PIB: 42,1%
- IDH:     0,882
- Irbes: 141,56

24º) Suécia
- Carga tributária sobre o PIB: 44,08%
- IDH:     0,904
- Irbes: 141,15

25º) Dinamarca
- Carga tributária sobre o PIB: 44,06%
- IDH:     0,895
- Irbes: 140,41

26º) França
- Carga tributária sobre o PIB: 43,15%
- IDH:     0,884
- Irbes: 140,52

27º) Hungria

- Carga tributária sobre o PIB: 38,25%
- IDH:     0,816
- Irbes: 140,37

28º) Bélgica
- Carga tributária sobre o PIB: 43,8%
- IDH: 0,886
- Irbes: 139,94

29º) Itália
- Carga tributária sobre o PIB: 43%
- IDH: 0,874
- Irbes: 139,84

30º) Brasil
- Carga tributária sobre o PIB: 35,13%
- IDH: 0,718
- Irbes: 135,83

Comentários

  1. Muito bom matheus.
    Reforma Tributária já....redução de impostos e aplicação mais eficientes de recursos.

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