iPhone 5,PIB americano e Marx

Problemas em acelerar a economia ? ..... simples, crie um iPhone !

''O poder que os produtos, como os da Apple, tem em uma economia''

O iphone 5 por si só já chama a atenção do mundo inteiro por suas inovações, tais como:

• o smartphone mais fino do mundo, com 7.6 mm de espessura (18% mais fino que o iPhone 4S)
•  peso de 112 gramas, 20% mais leve que o 4S

•  tela de 4 polegadas 

•  novo processador A6

•  Redes 4G LTE e HSPA+

   

   Obviamente que um problema econômico não é resolvido de forma tão simples, como criar um novo smartphone. Para acelerar e desenvolver uma economia é necessário medidas macroprudenciais ,que são tomadas pelos bancos centrais com um embasamento cientifico juntamente com uma equipe altamente qualificada de planejamento.

   Entretanto o iPhone 5, além de ser um smartphone espetacular, tem um resultado arrebatador na economia. 

   Prestes a ser lançado, o melhor smartphone da Apple já incitava os economistas a calcular o impacto do consumo,desse produto, no PIB dos Estados Unidos além do viés causado na economia chinesa, uma vez que o iPhone é projetado pela Apple na califórnia e montado na china.  

   Segundo o Barclays, um dos principais bancos e fornecedores de serviços financeiros do mundo,as vendas do iPhone 5 pode  acrescentar entre 0,25 e 0,5 %  no crescimento anualizado do quarto trimestre dos Estados Unidos, vulgo PIB. 

   Analistas do J.P. Morgan, também um dos maiores bancos do mundo, esperam que a Apple venda cerca de 8 milhões de iPhones 5 no quarto trimestre.  Somente as exportações da Apple, companhia a qual já ultrapassou o valor de mercado do Facebook,Microsoft,Google e Amazon juntas, irá colocar um ''gás'' no motor da economia chinesa, que por muitos estava sendo caracterizada como uma ''economia adormecida''

   Mas afinal o que leva a maioria de nós desejar tanto um ''iPhone 1,2,3,4,5,6,7,8....'' ??

   A resposta pode ser dada segundo a teoria do ''Fetichismo da mercadoria'', que é o modo pelo qual Karl Marx denominou o fenômeno social e psicológico onde as mercadorias aparentam ter uma vontade independente de seus produtores.

 Abaixo segue um trecho do maior trabalho de Marx, que é denominado O Capital

(volume 1) explicando o que seria esse ''fetichismo da mercadoria''

Uma mercadoria, portanto, é algo misterioso simplesmente porque nela o caráter social do trabalho dos homens aparece a eles como uma característica objetiva estampada no produto deste trabalho; porque a relação dos produtores com a soma total de seu próprio trabalho é apresentada a eles como uma relação social que existe não entre eles, mas entre os produtos de seu trabalho(…). A existência das coisas enquanto mercadorias, e a relação de valor entre os produtos de trabalho que os marca como mercadorias, não têm absolutamente conexão alguma com suas propriedades físicas e com as relações materiais que daí se originam… É uma relação social definida entre os homens que assume, a seus olhos, a forma fantasmagórica de uma relação entre coisas. A fim de encontrar uma analogia, devemos recorrer às regiões enevoadas do mundo religioso. Neste mundo, as produções do cérebro humano aparecem como seres independentes dotados de vida, e entrando em relações tanto entre si quanto com a espécie humana. O mesmo acontece no mundo das mercadorias com os produtos das mãos dos homens. A isto dou o nome de fetichismo que adere aos produtos do trabalho, tão logo eles são produzidos como mercadorias, e que é, portanto inseparável da produção de mercadorias.

  Segundo Marx, o fetichismo é uma relação social entre pessoas mediatizada por coisas. O resultado é a aparência de uma relação directa entre as coisas e não entre as pessoas. As pessoas agem como coisas e as coisas, como pessoas.

   Em suma, produtos tais como o  iPhone 5,  parece ter algo mistico e especial (como explica a teoria de Marx) que nos faz ter a necessidade de consumo.O que, ponto de vista capitalista é ótimo, pois gera o consumo, que é um dos principais elementos da equação do PIB, ou seja o consumo possui um grande importância para o crescimento econômico, não apenas para uma unica economia e sim para o mercado mundial como o caso citado dos EUA e da CHINA.